segunda-feira, 30 de junho de 2014

Texto: O ciclo da dança de salão em nossa vida

por Elaine Reis - professora de dança de salão e proprietária da Academia Pé de Valsa

Quem acredita que a dança é apenas uma forma simples de entretenimento está completamente enganado.
Tribos de todas as esferas já utilizavam rituais de dança para agradecer, exaltar, pedir a séculos!
Dança a dois está presente em várias fases de nossa existência, e tem a capacidade de envolver os membros principais do nosso campo de convívio.
Vamos começar citando as festas de quinze anos e a preparação da dança pela debutante: a valsa não está “démodé”, mas independente do ritmo escolhido, o mais importante são as emoções envolvidas. Família e amigos reunidos, presenciando que um ser amado cresceu e através da dança compartilha esta alegria e dádiva dançando com o pai, avós, tios, padrinhos, primos, amigos e namorado.
Os jovens, sempre muitos hormonais com a pulsão natural da vida, encontram amigas e namoradas em eventos de forró, samba e para quem sabe dançar nestas horas a diversão é garantida.
O tempo passa e noutro momento especial a dança de salão está presente: o casamento. Casais apaixonados preparam com muito carinho, através de uma música que faz parte de sua história, movimentos interligados como expressão de amor e transmitem esta magia para seus convidados e parentes.
O tempo não para e casais maduros procuram uma atividade prazerosa a dois, que lhes façam sair da rotina e mais uma vez a dança social está presente. Neste meio, fazem amizades com outros casais, aumentam os seus eventos sociais e principalmente a cumplicidade de um com o outro. Outros casais querem reviver e reafirmar o momento que optaram por viver juntos e em suas bodas (25, 30, 50 anos de casado) também preparam uma linda coreografia!
Aqui vale ressaltar que muitas pessoas solteiras, por opção ou circunstância, também encontram na dança o poder de levantar a estima e interagir e convenhamos, a quantidade de mulheres nesta situação em toda faixas de idade é enorme.
A terceira idade, sem sombra de dúvida, é a mais privilegiada nesta modalidade. Por recomendação médica, esta faixa de idade necessita de atividade diária de baixo impacto e aí meus caros leitores, a dança de salão não tem preço!
Senhores e senhoras se enfeitam, passam perfume, colocam sua melhor roupa, e deslizam nas pistas de dança com um sorriso de fazer inveja a muitos jovens.
Muitos já perderam seus companheiros por morte ou por divórcio, mas a necessidade, principalmente para as mulheres, fez com que aparecesse o personal dancing e problema resolvido.
Seres humanos precisam de sorriso, contato, equilíbrio, disciplina, saber orientar e ser orientado, ouvir e ser ouvido e principalmente servir. A dança de salão permite alcançar vários objetivos de forma lúdica. Além disto, juiz de direito dança com faxineira, letrado dança com semi analfabeto, jovem com idoso. É o segmento mais democrático que conheço. As pessoas que ainda não conhecem a dança de salão deveriam se permitir e sonhar ser um grande pé de valsa!
Ouvir a música, fechar os olhos e rodopiar no sentindo anti-horário nas pistas... a dança transforma a vida da pessoa.
Falando em rodopiar, acabo de me lembrar do movimento circular do espermatozoide em volta do óvulo. Esta é realmente a primeira DANÇA.

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