segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Memórias de um baile: Meneio

Olá!

Sábado estive no baile da Meneio. Bom, primeiramente deixe-me apresentar a Meneio.

A Meneio é uma escola de dança que está localizada no bairro Castelo, já em funcionamento a mais de um ano. Sua gestora e professora é a Marine Bueno.

Bom, escola apresentada, o local é bom e bem localizado, o piso é muito bom pra dança - um "emborrachado deslizante". A seleção musical ficou básica, mas teve direito a uma cortina de zouk. Muita gente bonita! Também destaque para a simpatia que é a Marine.

Teve apresentações, mas infelizmente não pude estar presente, pois tive um problema de saúde a resolver...

No mais um belo baile. Espero que possa ver as apresentações na próxima oportunidade.

[]s
Wilson Milagres

Memórias de um baile: 5 anos do Ponto da Dança

Olá!

E sexta-feira foi o baile de aniversário de 5 anos do Ponto da Dança. E foi um grande baile, com aproximadamente 700 pessoas (números da organização). Muita gente bonita, com certeza e um excelente lugar para dança - Circulo Militar.

A seleção musical muito boa, mas prejudicada pela acústica do local. A distribuição sonora não estava bem localizada.

Teve apresentação dos alunos, com números de bolero, samba, forró, tango e a grande apresentação da noite foi a do professor Jimmy de Oliveira, com seu samba funkiado. Também fez parte dessa apresentação o Giovanni, dono do Ponto da Dança.

No mais, como sempre, uma excelente festa. Aguardamos o ano que vem!

[]s
Wilson Milagres

terça-feira, 25 de agosto de 2009

34ª agenda de bailes e eventos dançantes de Belo Horizonte

Olá!

Chegou o fim do mês, mas tem muito baile bom acontecendo!
O destaque da semana é o aniversário de 5 anos do Ponto da Dança, que será comemorado com um baile na sexta!

Informe: eu me enganei na agenda passada e deixei de listar no fim de semana passado o baile Milonguíssimo na Top Dance. Falha minha...

Segue a agenda até o dia 31 de agosto:

Workshop de samba com Jimmy de Oliveira no Ponto da Dança no sábado e domingo.

Quarta:
Estação du´Zouk e du´Forró no Máscaras na Santa Rita Durão,677-Savassi às 21h30min-info:9703-3562

Quinta:
Liberdade do Zouk na Corpo & Arte na Padre Marinho,340-Santa Efigênia às 21h30min

Sexta:
Baile de aniversário do Ponto da Dança no Círculo Militar na Raja Gabáglia,350-Gutierrez às 21h30min (Nesse eu vou!!!)
Zouk na Pé de Valsa na Teixeira de Freitas,478/sl-Cidade Jardim às 22h00min

Sábado:
Baile da Meneio na Romualdo Lopes Cansado,293-Castelo às 20h00min
Estação du´Zouk e du´Forró com Niver Dj Robin no Cheiro de Minas na Contorno,4915-Funcionários às 21h00min-info:9703-3562
Baile a fantasia na Incomodança na Pedro II,2566-Carlos Prates às 22h00min
Bailacobaco na Ata-me na Gen.Olimpio Mourão Filho,202/2-Planalto às 22hoomin

Workshop de samba com Jimmy de Oliveira na Ponto da Dança na Olegário Maciel,1149/204-Lourdes às 14h00min

Domingo:
Forró do Skené na Alfredo Camaratte,299-São Luiz às 18h00min
Zouk&Forró na Zep Tep na Bahia,2717-Savassi às 18h00min
Milonga del domingos na Top Dance na Grão Mogol,800-Sion às 19h00min
Hora dançante na Corpo & Arte na Padre Marinh,340-Santa Efigênia às 19h30min

Workshop de samba com Jimmy de Oliveira na Ponto da Dança na Olegário Maciel,1149/204-Lourdes às 14h00min

Eventos que vêm por ai...
Workshop de Zouk com Didi e Patrícia na Giros na Riachuelo,285-Carlos Prates em todo setembro
Baile de boas-vindas na Giros na Riachuelo,285-Carlos Prates às 22h00min de 4 de setembro
Suzana Lubrano (zouk) no Hard Rock Café na Senador Milton Campos-Shopping Alta Vila-Nova Lima às 16h00min de 5 de setembro
Festival o Samba bate outra vez no Lapa na Alvares Maciel,312-Santa Efigênia às 21h00min de 5 de setembro
Milonga do Milo na 7&8 na Tomé de Souza,935/sl0-Savassi às 21h00min
Baile na Casa do guto no Jardim Canada às 20h00min de 6 de setembro
Workshop Ímpares na Incomodança e Oito Tempos em 11, 12 e 13 de setembro
Espetáculo Ímpares no Teatro Dom Silverio em 10, 11, 12 e 13 de setembro
Baile de aniversário de Paola Barata em 19 de setembro
Campeonato Intercontinental de Tango 2009 em Belo Horizonte em 25 a 27 de setembro-info:www.cit-enbuenosaires.com.ar
Baile de encerramento na Giros na Riachuelo,285-Carlos Prates às 22h00min de 3 de outubro

Então muita diversão, mas não se esqueça: dançar em ronda.
Nos encontramos em algun baile!

[]s
Wilson Milagres

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

5 Anos do Ponto da Dança-Baile de aniversário

Olá!

Nessa sexta acontece o baile de aniversário de 5 anos do Ponto da Dança. O baile será no Círculo Militar e contará com a presença do Jimmy de Oliveira.

No sábado acontece workshop de samba com o Jimmy de Oliveira, como parte das comemorações.


























Nos encontramos lá!

[]s
Wilson Milagres

Memórias de um baile: Lual do Zouk

Olá!

Domingo fui ao Lual do Zouk, no espaço Skené (leia aqui filial da Passo Básico), na Pampulha. O baile foi em área aberta, o que trouxe um paradoxo: muito frio, mas era possível ouvir os gols no mineirão.

Muita dança boa pra espantar o frio, quase sempre zouk com poucas pitadas de forró. Era também a comemoração do aniversário da Ana Claudia (professora da Passo Básico), mas não fiquei até o momento da comemoração.

(breve foto da niver comigo)

Bom baile!

[]s
Wilson Milagres

Memórias de um baile: Espaço Brasil

Olá!

Sexta estive no Espaço Brasil, em mais um baile dessa escola. O baile estava divertido, pois não estava cheio, o que proporcionou dançar tranquilamente. Alguns continuam a insistir em não dançar em ronda, mas foi proveitoso.

Muitos alunos e alunas, e quase ninguém de fora da academia. As seleções musicais variaram bastante, já que foram vários DJ.

Teve a comemoração do aniversário da Erica (bolsista da academia) e de outros alunos com direito à roda de salsa e forró.

No mais um bom baile.

[]s
Wilson Milagres

O sem borogodó

por Elaine Reis - Academia Pé de Valsa/BH/MG

Na dança de salão ser homem não é nada fácil. Não estou falando de uma minoria masculina que já nasceu com aquela pegada aconchegante, corpo “swingado” e olhar sedutor, mas de uma maioria que sonha em envolver uma dama e sair bailando nos salões de dança e não tem a mínima idéia por onde começar.
Quero dar a minha solidariedade e o meu apoio como pessoa e professora, pois sinto na pele a dor que eles passam até conseguirem se virar sozinhos nos bailes.
Penso nas cenas do cotidiano das minhas aulas e dos bailes da empresa.
Quantos homens chegam aos bailes e se escondem atrás de uma caipvodka ou de uma bebida qualquer e passam a noite olhando a atitude dos cavalheiros que circulam com uma liberdade de dar inveja. O que eles têm que eu não tenho? E aí para traumatizar ainda mais, depois de vários ímpetos negados, levantam com todas as forças do seu ser e vão chamar uma dama para dançar. O que acontece? Elas falam não, poooooode?
Nas aulas se camuflam atrás de outros alunos e mal conseguem se olhar no espelho.
Como mudar este perfil?
A primeira palavra é CALMA. Quem tem pressa come cru.
O papel do cavalheiro consiste em executar movimentos num determinado ritmo, transmitir à dama de tal forma que ela consiga entender a sua intenção, juntamente com a preocupação de circular na ronda. Assim você tem pelo menos quatro funções para serem executadas conjuntamente.
Dizem que os homens por natureza conseguem fazer uma atividade de cada vez, então galera, dançar não é uma tarefa fácil que aprenda em um período pequeno como a grande mídia anuncia. Por isso fique feliz, pois você conseguirá.
O primeiro passo é escolher um lugar que realmente está capacitado para entender a sua dificuldade. O segundo é ter aulas coletivas para que você possa ter contato com vários tipos de mulheres. Mulheres magras, gordas, leves, pesadas, amigas, birrentas, cheirosas, fedorentas, altas, baixas, aquelas que miram você com um olhar de desprezo. O terceiro é fazer aula particular para que a professora possa dar com exatidão todos os detalhes da intenção da condução, exercícios que deixem mais leve e que façam a pulsação natural do seu corpo fluir na música. O quarto é fazer uma amizade, chegar mais cedo às aulas e treinar com a sua amiga. (Escolha sempre aquela que tem dificuldade e que não tenha uma beleza exagerada, para não te intimidar). O quinto é colocar um lema em sua cabeça: NADA QUE MIL VEZES NÃO RESOLVA. O sexto é não criar expectativas nos primeiros bailes, se deixe errar, não ligue para as caras de deboche das mulheres desacompanhadas, por isso elas estão sozinhas, não é mesmo?
O sétimo é fechar seus olhos algumas vezes e deixar a música entrar. Não tenha medo, é delicioso. O oitavo é ver que tudo começa ficar mais fácil, e o prazer vai invadir o seu ser. O nono, agora que você já está conseguindo ser um pé de valsa e ser reconhecido no salão, é dar um chá de cadeira em todas as mulheres que nunca te ajudaram. Brincadeirinha! O décimo é ser feliz.

Elaine Reis é instrutora especializada em dança de salão da "Academia Pé de Valsa"- BH - divulgando a dança como forma de cultura, arte e lazer.

domingo, 23 de agosto de 2009

Academia, Dança e outras atividades

Por Fernanda Freitas

Percebo que muitos buscam na dança uma possibilidade de expressão e percebo que pela grande dificuldade dos tempos modernos, muitos aprendem a se expressar “formatadamente” em passos numéricos e cadenciados. É difícil expressar sentimentos assim... Ficamos aprisionados em um novo universo de possibilidades metódicas.
O pouco que convivo com alunos e professores da dança, percebo que há um ir e vir de alunos e poucos aderem à atividade como parte da vida. Busca-se em uma academia e em outras o preenchimento do vazio que somente o encontro consigo mesmo pode proporcionar. Alguns irão se arvorar: Mas esta não é a função das academias de dança... Eu respondo: Qual seria então? Qualquer... Qualquer serviço prestado só é prestado para preencher um vazio, uma necessidade existente. Qual a necessidade dos alunos que as academias buscam captar? Já pensaram sobre o assunto? Seria o objetivo de formar profissionais da dança ou de proporcionar a dança de profissionais para que possamos senti-la e aprendermos a nos expressar por ela?
As academias, caso identificassem sua real “vocação” teriam mais possibilidade de sucesso. Deveriam ser espaços interdisciplinares quando identificassem que sua vocação é a de melhorar a vida de seus cliente, de ajudá-los a se desenvolverem...

Pensemos então.

Fernanda Freitas escreve pelo blog eeucontoumconto.blogspot.com/ do qual extrai esse texto com a autorização da mesma.

Dança e Integração

Por Fernanda Freitas

Outro dia fui a um baile e me deparei com um ex-aluno. Fique fascinada ao vê-lo dançando. Em classe era um jovem tímido e que tinha intensos e constantes conflitos em quase todas as atividades realizadas em dupla ou em grupo. Ao final do período percebi mais calma em suas atitudes e mais tranqüilidade em suas ações, porém menor interação com a turma. Ele estava mais feliz, mas isolado.
Durante a mesma semana ele me disse que estava aprendendo a dança de salão e gostando bastante. Percebi que ele estava mais sereno, não o vi mais em suas esquentadas discussões e questionamentos, porém, também não ouvia mais a sua voz. Percebi que o jovem deixou de existir em sua classe.
Terminamos o módulo. Não mais o vi e quando o reencontro, vejo o “jovem poço de timidez” dançando com tanto vigor que me impressionou.
Em um primeiro momento refleti sobre o prazer em vê-lo se destacar positivamente em um ambiente e principalmente: solto! Teria ele encontrado na dança uma possibilidade de expressar seu sentimento sem ser por palavras? Seria uma forma de conviver sem criar laços e viver conflitos? Seria na dança o encontro de um espaço que o tornava feliz o suficiente para que se tornasse neutro e alienado em outros ambientes ou seria a dança a possibilidade de encontrar sossego pra seus tormentos de inadequação? Não achei resposta. Não buscava respostas, por vezes gosto apenas de refletir... pensar... questionar...

Fernanda Freitas escreve pelo blog eeucontoumconto.blogspot.com/ do qual extrai esse texto com a autorização da mesma.

Dança e desenvolvimento

Por Fernanda Freitas

Não consigo ver a dança desassociada de desenvolvimento, considerando todos os pontos favoráveis e desfavoráveis dele. Sim, desenvolver também pode ser desfavorável. Imagina você se desenvolver desajustadamente! Temos uma estrutura física que tende à estética em função de sua simetria. Faces, lados... Somos seres em essência dicotômicos, mas sutilmente complexos. Quanto menos em extremos, mais desenvolvidos e capazes de sermos flexíveis.
Voltando ao tema proposto: desenvolvimento e dança. Dançar é uma expressão de sensações que se dá pelo movimento real ou imaginário do corpo. Um conceito totalmente pessoal...
Dançar é sentir e quanto mais nos desenvolvermos mais seremos capazes de sentir a dança. É claro que o desenvolvimento se dá pela necessidade, lembremos dos grandes avanços tecnológicos em resposta de necessidades. Quanto mais necessidade de sentir, maior será a necessidade de expressar-se de múltiplas formas e para alguns, esta expressão se dá pela dança.
Mas para expressar um sentimento é necessário senti-lo e muitos são resistentes ou temerosos do que sentem... Pelo engessamento estético do mundo moderno a forma de expressar torna-se adequada para uma faixa etária, um estilo corporal, um grupo social... Quanta bobagem... Sentir e ser sensível é possibilidade que é refinada pelo desenvolvimento pessoal. A dança é reflexo desse desenvolvimento e ao mesmo tempo causa impacto sobre ele, é preciso nesse processo buscar se conhecer e não apenas buscar ser imagem e semelhança de outros...

Fernanda Freitas escreve pelo blog eeucontoumconto.blogspot.com/ do qual extrai esse texto com a autorização da mesma.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

33ª agenda de bailes e eventos dançantes de Belo Horizonte

Olá!

Segue a agenda até o dia 23 de agosto:



Quarta:
Estação du´Zouk e du´Forró no Máscaras na Santa Rita Durão,677-Savassi às 21h30min-info:9703-3562

Quinta:
Liberdade do Zouk na Corpo & Arte na Padre Marinho,340-Santa Efigênia às 21h30min

Sexta:
Baile Uma noite pra você! na Espaço Brasil na Brasil,1238-Funcionários às 20h00min
Festa do Saculejo na Rodrigo Delano na Contorno,8471/3-Gutierrez às 21h00min
Baile dos bolsistas da Top dance na Grão Mogol,800-Sion às 21h30min
Baile do Sinal na Pé de Valsa na Teixeira de Freitas,478/sl-Cidade Jardim às 21h30min
Baile dos calouros na Dança e Arte na Antonio de Albuquerque,98A-Savassi às 21h30min
Baile da Giros na Riachuelo,285-Carlos Prates às 22h00min

Sábado:
Baile da Mimulus na Ituiutaba,325-Prado às 22h00min
Baile do Flashback na Oito Tempos na Contorno,3830-Santa Efigênia às 22h00min
Casa de bamba (Forró e Samba) na 7&8 na Tomé de Souza,935-Savassi às 22h30min

Domingo:
Lual do Zouk com niver da Ana Claudia na Skené na Alfredo Camaratte,299-São Luiz às 18h00min
Zouk&Forró na Zep Tep na Bahia,2717-Savassi às 18h00min
Milonga del domingos na Top Dance na Grão Mogol,800-Sion às 19h00min
Hora dançante na Corpo & Arte na Padre Marinh,340-Santa Efigênia às 19h30min

Eventos que vêm por ai...
Baile de aniversário do Ponto da Dança no Círculo Militar na Raja Gabáglia,350-Gutierrez às 21h30min de 28 de agosto
Zouk na Pé de Valsa na Teixeira de Freitas,478/sl-Cidade Jardim às 22h00min de 28 de agosto
Baile da Meneio na Romualdo Lopes Cansado,293-Castelo às 20h00min de 29 de agosto
Milonguíssimo na Top Dance na Grão Mogol,800-Sion às 21h00min de 29 de agosto
Forró do Skené na Alfredo Camaratte,299-São Luiz às 18h00min de 30 de agosto
Campeonato Intercontinental de Tango 2009 em Belo Horizonte em 25 a 27/setembro-info:www.cit-enbuenosaires.com.ar

Então muita diversão, mas não se esqueça: dançar em ronda.
Nos encontramos em algun baile!

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Wilson Milagres

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Agora a fala é sobre zouk!!!!

Olá!

No dia 23 de agosto, próximo domingo ocorre o Lual do Zouk no Espaço Skené - Alfredo Camaratte,299- São Luiz (Pampulha).

Este evento será especial, pois será comemorado o aniversário da nossa queridíssima professora Ana Claudia, que tenho certeza que já conhecem.

Então não se esqueçam e compareçam!



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Wilson Milagres

Falando mais de forró!!! Camping Roots

Olá!

E parece que vou mudar o nome do blog... Brincadeira!

Acontece em setembro o Camping Roots com o Forró UAI 2009.

Será na Fazenda Chaparral em Itabirito-MG nos dias 5, 6 e 7 de setembro.



Informações: http://www.campingroots.com.br/

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Wilson Milagres

E por falar em Forró: Café com rapadura: Novo

Olá!

E por falar em forró, amanhã dia 19 de agosto, inaugura novo espaço para forró:

Trata-se do Café com rapadura No Café do Sol na Contorno,3301 no Santa Efigênia.



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Wilson Milagres

Blog Forró BH

Olá!

Para você que gosta demais de forró, acompanhe o que acontece no forró de BH:
forrobh.blogspot.com

O novo blog do forró de BH!

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Wilson Milagres

Segunda Intenção

por Elaine Reis - Academia Pé de Valsa/BH/MG

Num dia desses, dançando a primeira música com meu aluno particular antigo e frequentador semanal dos bailes de Belo Horizonte, me ocorreu um questionamento que vale uma reflexão.
Livremente estávamos a bailar quando de repente ele tentou fazer um passo e saiu um movimento completamente diferente e inusitado.
Imediatamente elogiei a sua criatividade, pois tinha conseguido me surpreender.
Ele respondeu:
Infelizmente, com a maioria das mulheres não conseguiria completar este movimento: elas não possuem noção de equilíbrio, não sabem o que é uma transferência de peso e muito menos senso de espera.
Fiquei em silêncio alguns instantes, conhecendo bem o perfil deste aluno. Respondi que a culpa era dele e de noventa e nove por cento dos homens solteiros ou desacompanhados.
Ele arregalou os olhos, completamente assustado, e indagou: Mas por que professora?
O seu constrangimento foi tão grande que respirei fundo e comecei a explicar com bastante calma.
Desde os tempos mais remotos, a dança de salão é vista como uma forma de lazer, entretenimento e uma ferramenta para a conquista.
É lógico que tudo passa por um processo de evolução. Técnicas de ensino, lugar especializado em apreender a dançar, forma de executar as apresentações para show (bailes e palco), coreografias e movimentos com várias influências, enfim muita coisa mudou, mas na verdade um fato não varia.
Independente da idade, homens jovens e maduros usam a dança como uma poderosa arma de sedução.
E aí a situação complica para os cavalheiros que querem realmente sentir o prazer de dançar a dois.
As mulheres, espertas como são, entram no “joguinho”. Elas não fazem aula, pois muitas conseguem ser arrastadas pelos salões de baile, sem a mínima preocupação se seus movimentos estão graciosos ou grosseiros, se sua postura está elegante ou se seu corpo está leve ou pesado. E ainda dizem a frase que odeio: Se ele me levar eu vou.
Mal sabem os homens que a maioria não vai a lugar nenhum, elas agradecem educadamente ao final de cada dança e vão sim para suas casas sozinhas.
Terminando a explicação para este aluno, disse que esta segunda intenção tem como conseqüência a falta de desenvolvimento e consciência da dança das mulheres. Tudo tem seu preço.
Assim sendo para que elas vão investir na perfeição de dançar se elas conseguem de graça, por causa de outros interesses?
Os verdadeiros pés de valsa sabem escolher as melhores dançarinas para sentir o enorme prazer que a dança propicia, e falando implicitamente, um bom dançarino solteiro não precisa ir a “caça”, não é mesmo?
O aluno olhou fixamente para mim e disse que nunca tinha pensado nisto, e você já pensou?

Elaine Reis é instrutora especializada em dança de salão da "Academia Pé de Valsa"- BH - divulgando a dança como forma de cultura, arte e lazer.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Memórias de um baile: Quiosque do Passo Básico

Olá!

Sábado fui ao Baile do Quiosque do Passo Básico: já tradicional Baile de BH.

O local é de fácil localização e razoável facilidade de estacionamento.

Muita gente bonita prestigiou o baile que teve uma boa seleção musical, tocando praticamente tudo.

A ronda foi mais fácil, pois o local é amplo, mas alguns ainda insiste em não obedecer a ronda.

O senão fica por conta dos valores cobrados pelo local pelos "comes e bebes".

No mais, um excelente baile, com muita diversão.

[]s
Wilson Milagres

Memórias de um baile: Fitinha da Ata-me

Olá!

Sexta fui ao Baile da Fitinha da Ata-me. O local é bom, bem localizado e de fácil estacionamento.

O baile teve bom público, com muita gente bonita e uma seleção musical boa, apesar de ter faltado tango e salsa.

O senão ficou por conta da já famosa falta de dançar em ronda, com muita gente fazendo "serrote", o que trouxe uma irritação ao final do baile.

No mais um bom baile.

[]s
Wilson Milagres

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

32ª agenda de bailes e eventos dançantes de Belo Horizonte

Olá!

Fim de semana com muitos bailes e muita diversão. Aproveitem bastante e dançem demais!

Segue a agenda até o dia 16 de agosto:

Curso de tango com Luiza Paes na El Abrazo na Grão Mogol,531-Sion às 20h00min de 10 a 13 de agosto-info:2535-2843

Quarta:
Estação du´Zouk e du´Forró no Máscaras na Santa Rita Durão,677-Savassi às 21h30min-info:9703-3562

Quinta:
Liberdade do Zouk na Corpo & Arte na Padre Marinho,340-Santa Efigênia às 21h30min
Confraria do Tango e Vinho na Oito Tempos na Contorno,3830-Santa Efigênia às 21h30min
Baile dança comigo na 7&8 na Tomé de Souza,935-Savassi às 22h00min

Sexta:
Baile Dança dos Famosos na Pizzaria Behlú na Norberto Maia,16-Eldorado-Contagem às 21h00min
Baile da Fitinha na Ata-me na Gen.Olimpio Mourão Filho,202/2-Planalto às 22h00min

Sábado:
Noite do Chique e Brega na Praça Poá,36-da Graça às 19h30min-info:Sandra-9951-1946
Baile do quiosque da Passo Básico no Quisoque Grill na Raja Gabáglia,-São Bento às 21h00min
Milonga Sante na Escultural na Norita,93/301-Santa Tereza às 21h00min
Baile do Passo Básico Betim no Salão anexo do Clube Rodoviário em Betim às 21h30min
Baile na A2 na Rio Grande do Norte,783-Funcionários às 22h00min
Baile dos aniversariantes da Top Dance no Fantasy na Santa juliana,259-Salgado Filho às 22hoomin

Domingo:
Zouk&Forró na Zep Tep na Bahia,2717-Savassi às 18h00min
Milonga del domingos na Top Dance na Grão Mogol,800-Sion às 18h30min
Hora dançante na Corpo & Arte na Padre Marinh,340-Santa Efigênia às 19h30min

Eventos que vêm por ai...
Baile Uma noite pra você! na Espaço Brasil na Brasil,1238-Funcionários às 20h00min de 21 de agosto
Baile da Mimulus na Ituiutaba,325-Prado às 22h00min de 22 de agosto
Baile de aniversário do Ponto da Dança no Círculo Militar na Raja Gabáglia,350-Gutierrez às 21h30min de 28 de agosto
Baile da Meneio na Romualdo Lopes Cansado,293-Castelo às 20h00min de 29 de agosto
Campeonato Intercontinental de Tango 2009 em Belo Horizonte em 25 a 27/setembro-info:www.cit-enbuenosaires.com.ar

Então muita diversão, mas não se esqueça: dançar em ronda.
Nos encontramos em algun baile!

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Wilson Milagres

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Dançar em ronda

por Mário Lopes

Quando eu ia ao Parque Guanabara, o que eu mais gostava era do carrinho tromba-tromba. Mas não pense que eu gostava de trombar com os outros. Eu gostava era de me desvencilhar dos outros. Nem sempre era possível, mas eu era bom naquilo.

Porém hoje quando vou aos bailes de dança de salão, me sinto no parque outra vez. Bolero, samba e tango principalmente dança-se em ronda, no sentido anti-horário do salão. A pista de dança não é pista de carrinho tromba-tromba.

A culpa dessa transação no salão é do cavalheiro, que não é ensinado pelo seu(a) professor(a), ou é pirracento mesmo. O pior se forem pirracentos, ao lerem esse comentário, ficaram pior ainda. Respeite as regras das pistas e o espaço dos outros.

Marcio Lopes é professor da Topdance

Cursos de dança de salão

Olá!

Seguem informações de novas turmas de dança de salão.



Escola de dança Mimulus
Mimulus informa
Novos Horários:
Programa Básico de Dança: Samba, Bolero e Swing
Sexta às 19:30 h
Terça às 20:30 h
Salsa e Zouk
Terça às 21:30 h
Tango
Quinta às 21:30 h
Forró
Segunda às 20:30 h
Sambas (no pé, a dois e samba rock)
Quarta às 20:30 h
Procure a coordenação da escola e conheça nossos descontos progressivos.

Mimulus - Rua Ituiutaba, 325 - Prado - 3295-5213


Academia Pé de Valsa

Dança de Salão

Nova turma, aos sábados,

especial para estudantes e trabalhadores

que não têm tempo durante a semana.

Horário: 15 e 30h às 16 e 30h

Custo: R$ 70,00 a mensalidade

Os alunos aprenderão: forró, samba, soltinho e bolero.

Local: Academia Pé de Valsa

Av. Prudente de Morais, 901/sl 01 - Cidade Jardim

Maiores informações: 31 3296-6734



Escola de Dança Passo Básico


Baila Academia

Estamos de prontidão!

Esperando por VOCÊ!

Novos Horários

Bolero, Forró, Samba a Dois, Rock/Soltinho,

Salsa, Zouk, Tango

Cursos Regulares de agosto a dezembro

Aulas Particulares para casal e individual

E mais

Cursos Rápidos de dois meses

Aulas somente aos sábados

Montagem de coreografias para você

apresentar em sua festa

Traga seu par e aproveite as promoções

de mensalidades reduzidas para casais.

Ou, se preferir, dance com

os monitores da academia.

AQUI VOCÊ APRENDE A DANÇAR OU

APRIMORA SUA DANÇA

Coordenação: Nahra Azevedo



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Wilson Milagres

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Espaço Interpessoal na Dança de Salão

Por Sandra Regina Garijo de Oliveira, Catia Mary Volp, Lilian Mayumi Otaguro, Ana Clara de Souza Paiva, Silvia Deutsch (Universidade Estadual Paulista)

Introdução

O contato corporal, muitas vezes necessário na dança de salão, nos leva a indagar como os corpos dos que estão dançando "falam" se estão confortáveis ou não com o parceiro com quem dançam, em especial em casos de cursos, quando às vezes, têm-se que dançar com alguém que nunca se viu antes. No Departamento de Educação Física da Unesp de Rio Claro é oferecida uma disciplina optativa de "Dança de Salão" para alunos de terceiro e quarto anos, os quais, normalmente, se conhecem a priori, visto que já estão, no mínimo, há três anos no mesmo curso. Entretanto, não se sabe se o contato corporal exigido na dança de salão é confortável e desejável para todos.

Como parte do processo de ensino-aprendizagem, acreditamos que o professor tem um importante papel, no sentido de tentar minimizar este desconforto, se é que ele realmente existe. Desta forma, questiona-se: quais seriam os possíveis fatores que poderiam "tranqüilizar" este contato? Será que quando se dança com um "bom" dançarino este contato corporal é visto como natural? E quando o parceiro com quem se dança é do mesmo sexo? Isto às vezes acontece, visto que o número de homens que procuram este curso é menor do que o de mulheres. Este contato seria aumentado ou diminuído? Escolher o parceiro com quem se quer dançar poderia facilitar a aproximação corporal?

Na tentativa de responder a algumas destas questões propõe-se este estudo, cujo objetivo é verificar se há relação entre aproximação/distanciamento dos casais durante a dança de salão, quando se dança com o "melhor dançarino", com o "pior dançarino", "com quem mais se gosta de dançar", "com quem menos se gosta de dançar", de acordo com um sociograma realizado no grupo.

A dança

A dança existe desde a mais remota antigüidade, e esta existência talvez se deva à necessidade que o homem apresenta de estar em constante movimento. Movimentos considerados dançantes integram a rotina de diferentes espécies, de insetos e mamíferos, tendo como função a aproximação para o acasalamento (Deutsch, 1997).

Segundo Ellmerich (1987) a dança, considerada como movimento ordenado e rítmico, tem por base as manifestações biológicas dos seres humanos e dos animais. Nos animais, torna-se difícil a identificação da intencionalidade dos gestos, o que supõe uma interpretação, normalmente voltada para o aspecto instintivo. Nos seres humanos a intencionalidade é facilmente identificada.

A dança de salão

Volp (1990; 1994) define a dança de salão como uma modalidade de dança na qual pares de dançarinos sincronizam passos e figuras ao som da música, mantendo-se dentro de normas sociais em relação ao contato entre eles e com os outros pares no salão.

As danças de salão são divididas oficialmente pelo Sistema Internacional de Dança de Salão em dois grupos – clássicas e latinas. Esta divisão está baseada em aspectos do tipo origem, postura e utilização espacial do salão. As que compõem o conjunto de danças clássicas são: a Valsa Lenta ou Inglesa, a Valsa Vienense, o Quickstep, o Slowfox e o Tango. Já as que compõem as danças latinas são o Cha-chachá, a Rumba, o Paso Doble, o Samba e o Jive. Outras danças mais recentes como o Mambo, a Salsa e o Merengue se enquadram neste sistema, porém não oficialmente.

De forma bem simples, podemos dizer que as danças clássicas exigem um maior contato corporal, e a posição dos pés deve ser em “zíper“, caracterizando uma posição “fechada” (de aproximação). Já nas danças latinas, em posição “fechada” os pés devem estar em paralelo, com uma distância corporal mínima de dois palmos, mas, normalmente os passos das danças latinas são de figuras “abertas”, o que leva naturalmente a um distanciamento corporal ainda maior.

Para este estudo escolheu-se a Valsa, visto que exige contato corporal, além de ter passos simples e facilmente executados, permitindo uma circulação natural pelo salão mantendo sempre uma postura “fechada”.

A valsa

Enquadrada nas danças clássicas, a Valsa, é considerada uma dança circular, rodopiante, de compasso ternário, onde o primeiro passo deve ser dado na primeira batida do compasso (Silvester, 1990).

Historicamente, por muito tempo, a Valsa foi desacreditada em razão de sua característica libertina e considerada uma dança viva que mantinha os casais fortemente enlaçados para os giros, dançando joelhos contra joelhos. Com o tempo, ela ganhou a expressão de maior representante da arte da dança (Deutsch, 1997). Entre 1825 e 1830 começa a declinar a supremacia da Valsa no campo das danças aos pares, mas ainda assim, hoje, inclusive no Brasil, a Valsa tem sua função social, principalmente nas festas de casamento e de debutantes.

A Valsa Lenta possui um andamento entre 30 e 32 compassos por minuto e a Valsa Vienense tem 60 compassos por minuto. Para a dança de salão, tanto em uma quanto em outra, todos os passos possuem a mesma duração: para cada batida rítmica é dado um passo.

Neste estudo optou-se pela Valsa Vienense de compasso 3/4 - três batidas em um compasso, sendo a primeira forte e a segunda e terceira fracas. Para mantermos a estrutura didática, escolheu-se músicas com um andamento entre 56 e 64 compassos por minuto, as quais foram introduzidas em ordem crescente.

A comunicação não verbal na dança de salão

Segundo Harris (1978) o movimento é o meio de comunicação do homem em resposta às emoções da vida. A dança de salão coloca as pessoas em confronto direto com suas novas emoções devido ao contato social e corporal com parceiros do sexo oposto (Volp, 1994).

Entretanto, é preciso atentar para o fato da proximidade, e até da invasão, do espaço interpessoal durante a dança. Segundo Andersen (1999), não importa aonde vamos, temos sempre uma “bolha” invisível que delimita nosso espaço pessoal, e quando alguém invade este espaço, as reações são geralmente negativas, exceto com aqueles que amamos.

Na dança de salão, aparentemente, o homem é quem conduz a dama pelo salão, ao mesmo tempo em que ele dá os comandos em relação aos passos a serem executados. Além disso, ele tem como função proteger as damas de “trombarem” em outros casais. Tudo parece natural, mas e nos casos onde o parceiro da dança não é alguém próximo ou é alguém indesejável, como é vista a invasão do espaço?

Método

Participantes

Os participantes foram 24 alunos de graduação que estavam cursando a disciplina optativa "Dança de Salão" no curso de Educação Física da Unesp de Rio Claro. Deste total, 15 eram do sexo feminino e 9 do sexo masculino, perfazendo um total de 12 pares de dança. Desta forma, 3 mulheres fizeram o papel de cavalheiro durante a dança.

Procedimentos

Para a construção do sociograma, os participantes responderam a um questionário com as seguintes questões:
a) “Com quem você mais gosta de dançar ?”;
b) “Com quem você menos gosta de dançar”;
c) “Na sua opinião, quem é a (o) melhor dançarina (o) da turma”;
d) “Na sua opinião, quem é a (o) pior dançarina (o) da turma”?

Em seguida, os participantes foram filmados enquanto dançavam o ritmo Valsa Vienense, nos padrões das danças de salão. Os casais estavam posicionados em um círculo, cavalheiros ao centro, voltados para fora, damas do lado de fora do círculo voltadas para o centro, em movimento pelo salão no sentido anti-horário. Os participantes iniciaram o movimento a partir da posição inicial padronizada da Valsa, ou seja, pés na posição em “zíper” (pé direito entre os pés do parceiro), contato de corpo na região abdominal, mão direita do cavalheiro apoiada na escápula esquerda da dama, e mão esquerda segurando a mão direita da dama à lateral do corpo na altura dos olhos, mão esquerda da dama apoiada no ombro direito do cavalheiro e mão direita apoiada na mão esquerda do cavalheiro.

Os casais foram instruídos a dançar num círculo e passar por 8 marcas "X" feitas no chão para que a distância de cada casal, com relação às câmeras, pudesse ser aproximadamente a mesma. Além disso, para iniciantes, como são os alunos da disciplina, é muito comum que à medida que se movimentam fechem o círculo. A utilização destas marcas serve tanto para ajudá-los a manter o círculo quanto para a padronização da distância dos casais da câmera para a filmagem.

A Valsa é um estilo que envolve aproximação dos casais. A figura 1 mostra o posicionamento correto dos pés do casal durante a dança de salão, especificamente na Valsa.


Figura 1 - Posicionamento dos pés em "zíper" necessário para as danças clássicas

Neste trabalho, foi considerado de grande aproximação a posição exemplificada na figura 1;
A pouca aproximação foi considerada quando os pés estavam pouco intercalados como demonstrado na figura 2.


Figura 2 - Posicionamento dos pés que permite pouco contato.

Foi considerado o distanciamento quando não houve intercalação dos pés do casal como demonstrado na figura 3.

Figura 3 - Posicionamento dos pés totalmente incorreto para danças clássicas - não permite aproximação corporal.

Filmagem

Posicionou-se 2 câmeras JVC 120x - digital hyper zoom, uma de cada lado (nos extremos) da sala. Uma volta completa no salão possibilitou a captação de duas imagens de cada casal dançando. Quando o casal completava uma volta, o mesmo era solicitado a parar, a dama a permanecer onde estava e o cavalheiro a se dirigir à dama a sua direita. Assim, foi possível efetuar um rodízio de casais. Nova volta ao salão era realizada e nova troca de casal acontecia, assim, sucessivamente, durante 15 minutos seguidos. Este período de tempo possibilitou que cada participante dançasse com 8 diferentes parceiros.

Resultados

Os resultados do sociograma, resumidos no quadro 1 estão descritos a seguir, de acordo com as perguntas do questionário. Os alunos mais votados estão identificados pela primeira letra de seus nomes.

Em relação à pergunta 1 - “Com quem você mais gosta de dançar?”, os resultados demonstraram preferência por dois alunos (F e G). Cada um recebeu 6 votos. Muitas foram as respostas – “com o sexo oposto” - isto se deve ao fato das mulheres, às vezes, terem que dançar com outras colegas da sala.

Em relação à pergunta 2 – “Com quem você menos gosta de dançar?”, foi possível identificar somente um aluno (B) que recebeu 5 votos. Outros 5 votos foram para – “dançar com alguém do mesmo sexo”, isto também se deve ao fato das mulheres dançarem com outras colegas do mesmo sexo.

Na pergunta 3 – “Quem é o melhor dançarino da turma?”, foi possível identificar uma aluna com 9 votos (M) e dois alunos (F e G com 6 e 5 votos respectivamente).
Curiosamente, os dois alunos votados como melhores dançarinos são os mesmos “com quem mais se gosta de dançar”.

Na pergunta 4 - "Quem é o pior dançarino da turma?", identificou-se um aluno (A) com 5 votos. O aluno B identificado na pergunta 1 recebeu nesta pergunta 2 votos.

Outras pessoas receberam votos nas perguntas 1, 2, 3 e 4. Entretanto, foram no máximo 2 votos para cada e, por isso, estes resultados não foram considerados para a elaboração do sociograma.

Quadro 1 - Resultados do Sociograma


As filmagens foram avaliadas por dois juízes e a concordância entre as observações dos mesmos foi de 100%. Os resultados estão apresentados no quadro 2 e descritos a seguir de acordo com os alunos identificados no sociograma.

Em relação aos alunos identificados como "com quem mais se gosta de dançar", verificou-se que:

- o aluno F - Dançou com 8 diferentes pessoas, apresentou o posicionamento dos pés em "zíper" com 7 pessoas nas duas filmagens. Com uma única parceira ele apresentou pouca aproximação em uma filmagem e distanciamento em outra.
- o aluno G - Dançou com 8 diferentes pessoas, apresentou o posicionamento correto dos pés em 6 vezes nas duas filmagens, com uma das parceiras apresentou o posicionamento correto dos pés em uma filmagem e na outra apresentou média aproximação. Apresentou aproximação média nas duas filmagens com uma das parceiras, a mesma que apresentou posição de distanciamento com o aluno F.

De certa forma, os dois alunos demonstraram nas observações, em sua maioria, grande aproximação com as parceiras. A parceira L, com quem ambos apresentaram posição de distanciamento, demonstrou o mesmo padrão de afastamento com a grande maioria dos parceiros. Segundo o relato das professoras da disciplina, esta foi uma aluna ausente na disciplina e, ao que parece, mantém certo distanciamento da turma em geral. Curiosamente, estes dois alunos (F e G) foram escolhidos também como os melhores dançarinos. Segundo relato das professoras da turma, estes alunos realmente conseguem conduzir bem as damas, e são alunos que demonstram certa facilidade enquanto dançam.

O aluno B, identificado como “Com quem menos se gosta de dançar”, dançou com 8 alunas e não apresentou posicionamento correto com nenhuma delas. Com uma única parceira apresentou aproximação média nas duas filmagens; com duas parceiras apresentou aproximação média em uma filmagem e distanciamento na outra e, com 5 alunas, apresentou distanciamento total. Neste caso, parece-nos clara a situação de tomar distância do parceiro “Com quem não se gosta de dançar”. De acordo com as professoras, este é um aluno que, também, parece distante do grupo e que se ausentou muito das aulas.

Em relação ao melhor dançarino (A) da turma, identificou-se, a aluna M e os alunos F e G. No dia da coleta de dados a aluna M foi uma das alunas que fez papel de cavalheiro. Suas filmagens foram de total aproximação com 7 alunas, e somente uma (L) demonstrou aproximação total em uma filmagem e pouca aproximação em outra.

Embora as respostas das alunas ao sociograma, em relação ao “com quem mais se gosta de dançar” tenha sido, em grande parte, “com alguém do sexo oposto” e, coerentemente na resposta ao “com quem menos se gosta de dançar” tenha sido - “com alguém do mesmo sexo”, nas filmagens isto não ficou claro. Como visto, a melhor dançarina conseguiu aproximação total com praticamente todas as parceiras. Talvez isto se explique pela boa técnica utilizada pela dançarina na condução das parceiras. As professoras da disciplina concordam com a opinião dos alunos em relação ao bom desempenho desta aluna em aula.

As filmagens dos alunos F e G foram descritas anteriormente e parecem ser coerentes com o fato de que com a melhor performance, há maior aproximação.

Em relação ao “Pior dançarino (a) da turma”, verificou-se que:

O aluno (A) em suas filmagens demonstrou aproximação nas duas filmagens com 2 alunas; aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra com 1 aluna; apresentou pouca aproximação em uma filmagem, distanciamento na outra com 1 aluna e distanciamento total com 4 alunas. Embora a atuação deste aluno, de acordo com a análise das filmagens, tenha sido inconstante, verificou-se maior número de distanciamentos das alunas para com ele durante a dança.

De acordo com estes resultados, podemos verificar que há uma aproximação dos casais quando o par é o “melhor dançarino” ou é a pessoa “com quem mais se gosta de dançar”, e também que há um distanciamento dos casais quando o par é o “pior dançarino” ou é a pessoa “com quem menos se gosta de dançar”.

Os resultados confirmam o trabalho de Volp (1994) onde, em entrevista após uma aula de dança de salão, os jovens afirmaram que para aceitarem dançar com outras pessoas o que importa, em primeiro lugar, é que o (a) parceiro (a) que convida saiba dançar e, em segundo lugar, “a pessoa como ela é”, não importando nem o tipo físico (alto/baixo; gordo/magro) nem a aparência física (feio/bonito; mal-arrumado/bem-arrumado). Embora no presente estudo não se tenha questionado sobre o aceite para dançar, pode-se pensar que o aceitar dançar está muito próximo do aceitar a aproximação do parceiro (a).

Quadro 2 - Resumo dos resultados da filmagem




















Alunos identificados no sociograma Observações em relação ao posicionamento dos pés
F
Mais se gosta de dançar
Melhor dançarino
7 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas filmagens;
1 pessoa - posição de pouca aproximação em uma filmagem e distanciamento na segunda filmagem
G
Mais se gosta de dançar
Melhor dançarino
6 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas filmagens;
1 pessoa - posicionamento de aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra filmagem;
1 pessoa - posicionamento de pouca aproximação nas duas filmagens
B
Menos se gosta de dançar
1 pessoa - posicionamento de pouca aproximação nas duas
filmagens;
2 pessoas - posicionamento de pouca aproximação em uma filmagem e distanciamento na outra;
5 pessoas - distanciamento nas duas filmagens
M
Melhor dançarina
7 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas
filmagens;
1 pessoa - posicionamento de aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra

A
Pior dançarino
2 pessoas - posicionamento de aproximação nas duas
filmagens;
1 pessoa - posicionamento de aproximação em uma das filmagens e pouca aproximação na outra;
1 pessoa - posicionamento de pouca aproximação em uma nas filmagens e distanciamento na outra;
4 pessoas - distanciamento nas duas
filmagens

Em relação aos alunos votados como “Pior dançarino” e “Com quem menos se gosta de dançar” e a aluna “L”, que não demonstrou aproximação total com nenhum dos parceiros, pode-se dizer que eles se enquadram no conceito de conforto ao toque/espaço interpessoal, explicado por Fromme et al. (1989), em que o maior conforto ao toque está associado com maiores níveis de socialização, e menores níveis de conforto estão associados ao maior recato social e timidez. Isto é confirmado pelo relato verbal das professoras sobre o comportamento de distanciamento destes alunos com os colegas em aula.

Conclusão

Conclui-se que a relação aproximação/distanciamento do (a) parceiro (a) na dança de salão está intimamente ligada ao gostar ou não do (a) parceiro (a) e do quanto ele (ela) é considerado (a) bom (boa) dançarino (a). Segundo Silvester (1990), para uma boa execução na dança um dos fatores mais importantes é a boa postura. Neste estudo ficou claro que a postura e, conseqüentemente, a boa condução leva a uma aproximação dos casais, especialmente em danças que exigem a aproximação, como a Valsa, impossibilitando o total distanciamento que alguns dançarinos tentam impor.

Algumas importantes contribuições para a área, portanto, podem ser destacadas. O professor de dança de salão deve investir na correção da postura e condução dos casais. A troca constante de parceiros também deve ser incentivada para aprimorar a condução e permitir maior possibilidade de sociabilização no grupo.

Para que se possa ampliar a pesquisa, sugere-se que seja acompanhado o desempenho (nota) do aluno em aula, para compará-lo à opinião dos colegas do grupo a respeito da sua performance ao dançar. Essa comparação pode indicar se o dançarino escolhido pelo grupo através do sociograma é, realmente, aquele que melhor dança. Sugere-se também incluir no questionário inicial perguntas que possam esclarecer o conforto/desconforto do indivíduo em relação às atividades que requerem algum tipo de contato corporal. Estas informações podem auxiliar na análise das filmagens em relação à aproximação/distanciamento dos indivíduos.

Referências Bibliográficas

Andersen, P. A. (1999). Nonverbal Communication: forms and functions. California: Mayfield.

Deutsch, S. (1997). Música e dança de salão: interferências da audição e da dança nos estados de ânimo. São Paulo: USP. Tese de doutorado apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia, USP, São Paulo.

Ellmerich, L. (1987). História da dança. São Paulo: Nacional.

Fromme, D. K., Jaynes, W. E., Taylor, D. K., Hanold, E. G., Daniell, J., Rountree, J. R, e Fromme, M. (1989). Nonverbal behavior and attitudes towards touch. Journal of Nonverbal Behavior, 13, 3-14.

Harris, J. A. (1978) Dance a while. 5th ed. Minneapolis: Burges.

Silvester, V. (1990). Modern ballroom dancing. London: Stanlley Paul.

Volp, C. M. (1990). A dança de salão no 2o e 3° graus. Relatório Trienal apresentado ao Instituto de Biociências, UNESP, Rio Claro.

Volp, C. M. (1994). Vivenciando a dança de salão na escola. São Paulo: USP. Tese de doutorado
apresentada ao Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia, USP, São Paulo.

Endereço:
Sandra Regina Garijo de Oliveira
Av. 2-A, 1165 Bela Vista Rio Claro
Cep 13506-780
e-mail: sandr@rc.unesp.br

Manuscrito recebido em 08 de março de 2002.
Manuscrito aceito em 22 de agosto de 2002.

Texto publicado com a autorização de Sandra Regina Garijo de Oliveira

Comentário sobre o texto: Parceria x casamento

Por Paola Barata

Engraçado isto... sempre me intrigou esta incapacidade de união da parceria artística com a relação íntima! Eu nunca tive opção, pois meus relacionamentos sérios foram com homens normais (rsrsrs) e desta forma sempre tive parceiros e nunca pares na dança... mas confesso que tinha uma pontinha de ciúme de casais que dançavam juntos... mesmo sabendo e presenciando cenas bem desagradáveis! Acredito que o problema todo é a intimidade,que nos faz mais intolerantes em casa do que na rua, em qualquer circunstância. Mas ainda acho lamentável. A única vez que ensaiei com meu marido (judoca, diga-se de passagem...) foi para a Valsa de casamento, há 8 anos e quase que o casamento não sai por causa dela!

Quando nossos parceiros não são nossos pares e a intimidade é limitada, falamos com mais paciência, aceitamos melhor os erros e se o stress aumenta, cada um vai para um lado e se resolve longe do outro. Nossa, quanto mais escrevo, mais triste fico por constatar esta verdade...
Felizmente não tive que optar por um deles, como colocou Elaine, já que dança nunca esteve no menu do meu casamento...

A propósito tenho uma observação: uma vez fizemos aulas com um casal argentino, casados e parceiros e fiquei impressionada com a gentileza entre eles. Seria falso? Acho que não... no final acho que gentileza e cumplicidade são o grande diferencial... na dança ou na vida, né?

Paola Barata é sócia-proprietária, diretora artística e professora da Passo Básico

Comentário sobre o texto: Bolsistas

Por Iata Anderson

Acho que muito disso tudo que vc comentou seria pouco relevante se as escolas ensinassem os alunos a não depender dos bolsistas. Aula é aula ! Necessário um apoio, necessário uma referencia a mais, Necessário formar os pares. Mas baile ? Baile é pra dançar com quem se gosta e com quem quer e se permite ser convidado. Baile é diversão, prazer, livre arbitrio.. As escolas que obrigam os bolsistas a dançar com aluno pra mim fazem o caminho inverso. Impedir que bolsista dance com bolsista tambem acho incoveniente.
Cria-se dependencia e não personalidade no dançarino. Ensinan-se a copiar e não ensinam a dançar. Porque os alunos não se perguntam: Será que o bolsista quer dançar comigo ? Dançar por piedade ou obrigação..nem pensar !

Alunos !!! Pensen nisso !

Baile é liberdade para dançar , interpretar. Se tem aluno que não dança é porque não foi preparado para ir ao baile, porque está de braços cruzados, cara fechada ou tomando uma cerveja na mesa... E esses , prefiro que fiquem sentados mesmo até que sejam tocados pelo motivo de ir a um baile de verdade.

Baile com aulão ( É o Ó do borogodó ), monitores a disposição, dançarinos de aluguel na minha humilde opinião não acrescentam positivamente a dança de salão em geral.

Felicidade não se compra, se doa !

Memórias de um baile: Bueno Bailar

Olá!

Sábado estive no baile da Bueno Bailar, em Contagem.

O local é de primeira linha, com um excelente espaço para dança, piso de paviflex (que eu considero o segundo melhor para dançar) e muito bem localizado, em frente ao Big Shopping e de fácil estacionamento.

A seleção musical boa, ao comando do DJ Cassiano. Muita gente bonita.

No mais um excelente baile.

[]s
Wilson Milagres

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

31ª agenda de bailes e eventos de dança de salão de Belo Horizonte

Olá!

Mais um final de semana com muitos bailes para nos divertirmos.

Segue a agenda até o dia 09 de agosto:

Quarta:
Estação du´Zouk e du´Forró no Máscaras na Santa Rita Durão,677-Savassi às 21h30min-info:9703-3562

Quinta:
Liberdade do Zouk na Corpo & Arte na Padre Marinho,340-Santa Efigênia às 21h30min

Sexta:
Prática Orientada na Oito Tempos na Contorno,3830-Santa Efigênia às 19h30min
Baile de alunos da Corpo & Arte na na Padre Marinho,340-Santa Efigênia às 21h00min
Baile do Pé de Valsa na Teixeira de Freitas,478/sl-Cidade Jardim às 21h30min

Sábado:
Baile de tango na Corpo & Arte na Padre Marinho,340-Santa Efigênia às 21h00min
Casa de Bamba (Forró e Samba) na 7&8 na Tomé de Souza,935-Savassi às 22h30min
Aula aberta aos pais na Oito Tempos na Contorno,3830-Santa Efigênia às 11h00min
Workshop de samba com Armandinho na A2 na Rio Grande do Norte,783-Funcionários às 16h30min-info:3261-9278/9983-9438

Domingo:
Zouk&Forró na Zep Tep na Bahia,2717-Savassi às 18h00min
Milonga del domingos na Top Dance na Grão Mogol,800-Sion às 18h30min
Hora dançante na Corpo & Arte na Padre Marinh,340-Santa Efigênia às 19h30min

Eventos que vêm por ai...
Curso de tango com Luiza Paes na El Abrazo na Grão Mogol,531-Sion às 20h00min de 10 a 13 de agosto-info:2535-2843
Confraria do Tango e Vinho na Oito Tempos na Contorno,3830-Santa Efigênia às 21h30min de 13 de agosto
Baile Dança dos Famosos na Pizzaria Behlú na Norberto Maia,16-Eldorado-Contagem às 21h00min de 14 de agosto
Baile do quiosque da Passo Básico no Quisoque Grill na Raja Gabáglia,-São Bento às 21h00min de 15 de agosto
Baile na A2 na Rio Grande do Norte,783-Funcionários às 21h00min de 15 de agosto
Baile dos aniversariantes da Top Dance no Fantasy na Santa juliana,259-Salgado Filho às 22hoomin de 15 de agosto
Baile Uma noite pra você! na Espaço Brasil na Brasil,1238-Funcionários às 20h00min de 21 de agosto
Baile de aniversário do Ponto da Dança no Círculo Militar na Raja Gabáglia,350-Gutierrez às 21h30min de 28 de agosto
Baile da Meneio na Romualdo Lopes Cansado,293-Castelo às 20h00min de 29 de agosto
Campeonato Intercontinental de Tango 2009 em Belo Horizonte em 25 a 27/setembro-info:www.cit-enbuenosaires.com.ar

Então muita diversão, mas não se esqueça: dançar em ronda.
Nos encontramos em algun baile!

[]s
Wilson Milagres

Comentário sobre o texto: Bolsistas


Bolsista é um mal necessário?” Mas até onde o bolsista não é também a coluna de sustentação da academia. Explico: por muitas vezes já presenciei o professor não dando conta de uma turma, pelo lotação mesmo, 30, 40 pessoas e os bolsistas fazendo seu papel correto de instruir o que o professor não conseguiu e garantir o aluno na classe. Pois isso também acontece. Já presenciei alunos reclamando da escola porque o professor não conseguiu dar assistência aos mesmos.

Ocorrem a vaidade e ego? Ocorrem sim e em muitas vezes de forma “extrapolante”, onde o bolsista simplesmente esquece quem é e se transforma no “super e poderoso dançarino”.

No caso da aluno/aluno gostar de dançar somente com o bolsista, tem o outro lado da moeda. Muitas alunas/alunos preferem dançar com os alunos normais a dançar com os bolsistas, muito pela desigualdade de informação: sentem-se desfavoráveis e com medo de errar diante do "todo poderoso" dançarino-bolsista.

Dançar entre eles (bolsistas) nem se fala. Fazem e acontecem. Conheço poucas escolas ou quase nenhuma, para ser mais preciso, em que os bolsistas se disponibilizam em dançar com os alunos/convidados e "olha" que eu freqüento boa parte dos bailes das escolas e academias.

Mas de quem é a culpa disso tudo?

De o bolsista extrapolar, é da academia, que o deixa exibicionista por um segundo, depois dois, três e ai ele pensa que pode ser assim para o "resto da vida". Cabe a academia ralhar com o mesmo no primeiro desvio de conduta. Também nos bailes cabe a academia, já que ela faz o baile pensando nos alunos. Se ocorrem danças entre bolsistas a responsabilidade é também das academias corrigirem a conduta. Pode até ser que no final do baile os bolsistas possam estar liberados para praticarem sem restrições.

Também os professores devem conseguir preencher o intervalo entre os alunos e o conhecimento, talvez dançando com cada um no momento da prática - isso é mais fácil quando é professora; para o professor uma bolsista bem avançada poderia fazer esse papel, já que homem não dança com homem (na maioria das vezes).

[]s
Wilson Milagres

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

III Congresso de Dança Esportiva

Por Mônica Maldonado

O III Congresso Brasileiro de Dança Esportiva, aconteceu nos dias 24 a 28/07 na cidade de São Paulo, organizado pela Confederação Brasileira de Dança Esportiva cuja presidente é Carla Salvagni.

O evento contou com a presença da treinadora e árbitra internacional Eva Angues, seis vezes campeã mundial. Eva é a encarregada pela IDSF - Internacional Dancesport Federation pelo desenvolvimento do esporte no Brasil.

Este ano tivemos uma etapa do congresso na cidade do Rio de Janeiro, esperamos que em 2010, possamos trazer Eva Angues a Belo Horizonte.

No dia 02/08, tivemos a realização do II Campeonato Brasileiro de Dança Esportiva. Foram casais de atletas divididos em 3 categorias: G, F e E.
Na categoria "E", tivemos em segundo lugar, Fernando Unterpertinger de São Paulo e Mônica Maldonado de Belo Horizonte.

Para o desenvolvimento do esporte em Minas Gerais, teremos ações da Confederação junto com a professora Mônica Maldonado, que é árbitra certificada pela IDSF.

Mônica Maldonado é professora de dança de salão da Escola de dança de salão Passo Básico

N.E.: Parabéns à Mônica Maldonado pela conquista.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Parceria x casamento

por Elaine Reis - Academia Pé de Valsa/BH/MG

Como sempre a verdade é relativa, para alguns a parceria de dança veio primeiro, para outros foi a união por amor. Mas independente dos fatores, muitos optaram por tentar conciliar esta façanha.
Poderia citar vários casais de dançarinos que juntaram a fome com a vontade de comer. Santa inocência! Com certeza, mais cedo ou mais tarde, tiveram que dissolver e abrir mão de um de seus sonhos.
A razão é tão diversa e tão profunda que vale a pena a gente avaliar.
Começando pela parte profissional, podemos citar a normalidade de haver diferenças na estrutura corporal do casal. Assim sempre um consegue ensaiar mais e sentir menos dor física que o outro. Outros fatores são aptidão, charme, desenvoltura e, é claro, que começa a exigir do parceiro muitas vezes o que o cônjuge não tem capacidade de dar.
Nós dançarinos geralmente não temos um ensaiador, não é mesmo? O ensaio fica sempre maçante para ambas as partes e ainda com aquela frase básica: “Quem errou foi você”.
Depois de um trabalho árduo vem a hora da recompensa. Até hoje eu não sei qual é!
Sempre no final de cada apresentação tem um falando para o outro que não fez isto ou aquilo, nunca estão satisfeitos com a apresentação e para piorar um pouquinho a situação, depois de tanto suor, dor e lágrimas, a pessoa que quer contratar o show acha sempre caríssimo o valor estabelecido. Estou mentindo?
Entrando na parte do relacionamento, aí tem pano pra manga, a intimidade é uma tortura. Ambos derramam palavras que agridem o fundo d’alma. Falta de paciência, tolerância, o não saber ouvir, o não saber escutar, gera uma mágoa e um desamor.
Sem contar com os problemas domésticos, filhos, cachorro, financeiros, são tantas divergências de opiniões que estabelecer um equilíbrio é tarefa para super-herói.
Isto tudo gera um grande desconforto, situações difíceis do trabalho são levados para dentro de casa e, vice e versa, assim o casal tende a desistir de alguma coisa.
É lógico que tudo nesta vida tem exceção e se conselho fosse bom não era dado de graça, já dizia meu avô, mas mesmo assim acho que o parceiro de dança não pode ser o parceiro da vida.
A arte, a interpretação, a fluidez dos movimentos, têm que estar aliado a um processo de harmonia externa e principalmente interna.
Nós, aqui em casa, optamos pelo casamento, assim hoje delegamos os shows para outras pessoas, de vez enquanto, damos o ar da graça. Por isso faremos dezessete anos de bodas.
E você já achou o seu “par”?

Elaine Reis é instrutora especializada em dança de salão da "Academia Pé de Valsa"- BH - divulgando a dança como forma de cultura, arte e lazer.

Bolsistas

por Elaine Reis - Academia Pé de Valsa/BH/MG

Uma vez escutei de um professor renomado que bolsista é um mal necessário.
Sem sombra de dúvida, é uma posição no mínimo assustadora. Se é verdade ou mentira cabe a cada um decidir.
O que é um bolsista?
Normalmente, o bolsista é um aluno de grande aptidão para dança, podendo ser do sexo masculino ou feminino, com tempo livre e que faz uma permuta com a academia de dança. É convidado a participar de outras turmas com a intenção de formar par com as mulheres que entram desacompanhadas e freqüentar os bailes para dançar com as mesmas. Ressalto que esta finalidade termina quando as alunas interagem com os alunos e assim podem sair e treinar livremente em vários bailes.
Essa facilidade em apreender os movimentos e a grande quantidade de aulas faz com que os bolsistas comecem a chamar a atenção em pouquíssimo tempo. Os problemas começam.
O primeiro obstáculo vem das próprias alunas, que sem maldade, é claro, mas equivocadamente, desvalorizam seus mestres quando começam a chamar os bolsistas para ensinar e nomeiam os mesmos como instrutores.
Aí, a porca torce o rabo.
O segundo problema aparece infelizmente e é inerente ao ser humano: a vaidade e o ego. Tudo que foi combinado anteriormente com a empresa é esquecido como num passe de mágica.
Com bastante pesar digo, mesmo sabendo que muitos bolsistas não fazem com maldade, mas deixam de obedecer à seqüência de evoluções que o professor está executando em sua aula para mostrar às alunas como são bons, fazendo com que as alunas a cada dia se desinteressem a dançar com os alunos “normais”. E para piorar um pouquinho, nos bailes querem dançar só entre si, deixando as alunas que mais precisam e que mais os elogiam a ver navios. São muitas emoções.
O desequilíbrio de atitudes é culpa de quem? Das alunas? Dos bolsistas? Dos professores? Do sistema? Das academias?
Enfim, quem descobrir uma fórmula ideal, me mande se não for um concorrente, é claro.Rrsrsrsrsrsrsrs.

Elaine Reis é instrutora especializada em dança de salão da "Academia Pé de Valsa"- BH - divulgando a dança como forma de cultura, arte e lazer.